[Thecnica Sistemas] Quando se pode derrubar uma parede sem prejudicar a segurança do prédio? 
tte

HOME
 
DVDs e PENDRIVES
 
DICAS TÉCNICAS
TUTORIAIS e VÍDEOS
 
FALE CONOSCO
 
SERVIÇOS AO CLIENTE
Inscreva-se no nosso nosso canal no Youtube para ser notificado de novos vídeos

Você está aqui: Home » Dica sobre sobre Soluções de projeto
Artigo mais recente (veja mais 12 artigos nesta área)

Quando se pode derrubar uma parede sem prejudicar a segurança do prédio?

Por Arq. Me. Iberê Moreira Campos e equipe

Questão colocada pelo leitor

Estou reformando uma casa (sobrado) e como não tenho dinheiro para contratar um engenheiro ou arquiteto estou fazendo eu mesmo, com a ajuda de um empreiteiro que me foi indicado. Mas estou com uma dúvida cruel, eu queria derrubar a parede entre a sala e a cozinha para fazer uma cozinha estilo americano. O problema é que o empreiteiro disse que não tem problema nenhum, mas um primo meu, que é técnico em edificações, disse que se for parede de alvenaria convencional, com a função de apenas vedação, não há problema algum de fazer alterações nela, até mesmo tirá-la completamente, ao contrário de uma parede de blocos estruturais que não deveria sofrer alterações previstas. Mas como eu vou saber se esta parede é estrutural ou não, se é apenas vedação? Esta parede fica na parte de baixo da casa, e por cima dela tem toda a parte de cima e mais o telhado.


Nossa respostaO técnico em edificações é que deu a versão mais correta, ou seja, é preciso analisar a construção e ver como ela foi planejada, para saber se a parede é fundamental na estabilidade da edificação ou se é uma simples vedação.

Empreiteiros acostumados a trabalhar em prédios de apartamento tendem, pelo que temos visto, a encarar todas as paredes como simples vedação, mas em casas térreas ou assobradadas a coisa não é assim tão simples. É preciso constatar como a edificação foi construída, ou melhor, é preciso entender o seu SISTEMA ESTRUTURAL.

De todos os sistemas estruturais possíveis de serem usados em edificações, o mais comum nas residências é usar alvenaria estrutural (auto-portante), estrutura de concreto armado ou, o mais comum, uma combinação destes dois tipos.

No tempo em que se construía com tijolos maciços de barro (tipicamente, antes dos anos 70) a esmagadora maioria das construções era de alvenaria estrutural. Os tijolso maciços resultam em paredes bastante rígidas e resistentes, pode-se sem qualquer problema apoiar a laje de piso e a laje de cobertura em cima delas, basta quando muito fazer uma cinta de amarração entre a laje e o topo das paredes.

Quando se começou a construir com os tijolos cerâmicos furados (chamados também de “tijolo baiano”) a técnica teve que sofrer uma modificação. As paredes feitas com este material mal oferecem resistência para se manter em pé, quanto mais para suportar uma laje e a carga sobre esta. Para dar um mínimo de resistência, costuma-se fazer vigas por cima e por baixo das paredes, além de colunas de concreto armado nos cantos das paredes. Este tipo de construção acaba funcionando de maneira mista, isto é, as paredes trabalham em conjunto com a estrutura de concreto armado para suportar as cargas a que serão submetidas.

Nas estruturas de concreto armado independente quem suporta todo o peso é esta estrutura. As alvenarias entram somente para vedar os vãos e separar os ambientes. É o caso dos prédios de apartamento, que utilizam estruturas de concreto armado ou metálicas para efeito de resistência, vedando os vãos com alvernarias bem delgadas ou com drywall.

Na residência que o leitor está reformando, seria interessante chamar um arquiteto ou engenheiro civil para analisar a construção e determinar se a parede é ou não estruturalo, antes de colocá-la abaixo. É preciso lembrar, contudo, que mesmo que a parede seja apenas de vedação ela vai conter tubos da instalação elétrica e hidráulica, pode ser preciso desviar tudo isto para outro lugar antes de quebrar tudo.


Publicado em 11/02/2008 às 15:51 hs, atualizado em 03/04/2018 às 17:05 hs


Enviar para amigo Assinar newsletter Entre em contato
Enviar para amigo Assinar newsletter Entre em contato

Nenhum comentário até o momento.

Seja o primeiro a comentar este artigo!

Login:
Senha:
  • Se você já se cadastrou no site, basta fornecer seu nome e senha.
  • Caso ainda não tenha se cadastrado basta clicar aqui.


TEMOS MAIS 12 ARTIGOS SOBRE :
Edifícios silenciosos: o que fazer para diminuir o ruído nos ambientes
Pontes cobertas: beleza, tradição e história explicadas à luz da engenharia
Arquitetura e segurança em casas de campo e de praia
Projeto de residência: um guia com medidas e áreas mínimas
Guia para seu cliente: etapas da construção de uma residência ou pequena obra
Que fatores valorizam ou desvalorizam um imóvel?
A epidemia dos Condomínio-Clube
O que é retrofit?
A influência da Arquitetura na Segurança
Estudo preliminar, anteprojeto e projeto: as fases de um planejamento de arquitetura
Estudo de circulação e zoneamento: como distribuir as áreas de uma residência?
Por onde se começa a fazer um projeto de reforma ou construção de casa ou apartamento?

 

SEJA VOCÊ TAMBÉM UM COLABORADOR!

Colabore com nosso site, contribua para o desenvolvimento da informática e, de quebra, aumente seu currículo e promova sua empresa!
É simples:
  • Se você é uma pessoa física e deseja colaborar com notícias, artigos e sugestões, veja a seção Quero colaborar
  • Caso tenha uma empresa do setor e quer divulgá-la junto aos nossos visitantes, veja a seção Anuncie
  • Caso sua empresa faça Assessoria de Imprensa para um ou mais clientes, você pode mandar os releases para nossos repórteres e teremos a maior satisfação divulgar as notícias neste espaço.
  • Se você é um órgão de imprensa, contate-nos em imprensa@luzes.org e conheça as várias maneiras para interagir com nosso site e nossos visitantes.

  • Por favor entre em contato para qualquer dúvida, imprecisão do conteúdo ou informação indevidamente divulgada.
  • Os artigos e demais informações assinadas são de integral responsabilidade de seus autores.
  • O conteúdo deste site está protegido pelo Acordo Internacional da Creative Commons.
  • Os produtos e serviços de terceiros aqui divulgados são de inteira responsabilidade de seus anunciantes.
  • Nosso nome, logomarca e demais sinalizações estão protegidas na forma da lei.