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O Microsoft Office 2019 (codinome “Cornflakes”) é a versão lançada em 24/09/2018 para substituir o Office 2016. Os recursos que anteriormente estavam restritos ao assinantes do Office 365 foram incorporadas nesta versão, porém com um inconveniente: o Office 2019 só roda no Windows 10 ou versões mais novas de Windows, quando elas forem lançadas. Em resumo, o Office 2019 nada mais é que um Office 2016, do qual se retirou a capacidade de rodar na maioria dos Windows existentes, porém ao qual foram acrescentadas medidas de segurança e uma compilação das atualizações feitas no Office 365, no plano por assinatura do Office, que recebe novidades constantemente. Vamos analisar esta nova versão de Office e ver o que ela significa para nós, usuários e técnicos.
O Office 2019 é a versão para rodar localmente no computador do Microsoft Office, ao contrário do Office 365 que roda parte localmente e parte online. Outra diferença entre as duas versões é que o Office 365 é pago através de uma assinatura (geralmente, anual) enquanto que o Office 2019 é obtido comprando-se uma licença, no processo tradicional, licença esta que, nos dizeres da Microsoft, é “perpétua”. Mas a coisa não é bem assim…
O Office 2019 não vai receber 10 anos de suporte, como as versões anteriores. Em mais uma mudança no sistema de licenças da Microsoft, a versão 2019 receberá 5 anos de suporte geral, mas só terá dois anos de suporte estendido. A Microsoft diz que a compra do produto dá direito a uma “licença vitalícia”, mas isto é relativo porque o suporte ao produto vai se acabar nos 7 anos que foram informados.
Quem tem o Office 2016 instalado pode achar interessante fazer o upgrade para o Office 2019, porque esse último tem os recursos mais modernos e interessantes disponíveis para esse produto. Quem já for assinante e usuário do Office 365 provavelmente vai preferir continuar usando esta versão por assinatura, que já contém todos os novos recursos e atualizações que foram incorporadas no Office 2019. O Office 2019 está especialmente pensado para trabalhar off-line, isto é, fora da nuvem, mas para quem faz trabalhos sigilosos, ou não gosta de depender da internet para trabalhar, o Office 2019 pode ser uma melhor pedida do que a versão 365.
Entre as novidades mais visíveis do Office 2019 estão o suporte geral ao uso de canetas, em tela sensível ao toque, e uma nova interface “Ribbon” redesenhada para focar na simplicidade de comandos. Foram feitos alguns melhoramentos na função caneta e acrescentados novos recursos de animação no PowerPoint, como aqueles chamados de metamorfose e zoom, além de novas fórmulas e gráficos no Excel, especialmente para análise de dados. Ao contrário das versões anteriores do OneNote, o aplicativo da área de trabalho não faz mais parte do pacote Office porque ele foi substituído pelo OneNote para Windows 10 como Aplicativo Universal do Windows. Veja a seguir, mais algumas novidades de cada programa que faz parte do pacote Office 2019.
Word 2019 -- Ele agora mais ferramentas de aprendizado e revisão, mas o que mais nos chama a atenção é a estréia do tema escuro, algo que hoje em dia é até normal, permitindo que o usuário ajuste o design do software, de acordo com os seus gostos e necessidades. Outra novidade interessante é o “Text-to-Speech” (texto para fala), que transforma ditados de voz em textos no Word através do microfone. É excelente para quem quer ter as mãos livres para outras tarefas. O Modo Foco habilita uma espécie de modo de leitura, onde você acessa o texto sem a interrupção das ferramentas dentro do aplicativo. Em dispositivos com tela touch, o Word 2019 tem várias opções de desenho com o lápis ótico. A ferramenta de aprendizagem usa capturas de tela e descrições de áudio para mostrar ao usuário as novas funções do Word 2019, além de resolver alguns problemas de acessibilidade.
Excel 2019 -- A novidade mais interessante fica por conta dos dos gráficos de mapas em 2D que podem ser inseridos nos documentos. Também é possível visualizar os gráficos de funil, muito úteis para determinar a evolução de determinados tipos de dados. As linhas temporais ajudam a estabelecer cronologias. Novas opções foram incorporadas para analisar dados, gráficos e funções, além de melhorias opcionais como o PowerPivot (análise e modelagem de dados), o PowerQuery (transformação e modelagem de dados) e o Power Bi, que é uma solução para análise de informações corporativas.
Outlook 2019 -- Também tem novidades. Ele ganhou o recurso chamado “inbox prioritário” para mostrar apenas as mensagens mais importantes. Ele tem também um novo design para os cartões de contatos, o “Focused Inbox”, que divide as mensagens de e-mails de acordo com a prioridade, com cartões informativos sobre entregas e viagens, que se atualizam em tempo real, e um sistema para configurar o envio de e-mail em um momento posterior. Também está compatível com os Grupos do Office 365, e as “Mentions” estão habilitadas para alertas de mensagens aos membros da equipe de trabalho.
PowerPoint 2019 – Ele agora permite inserir imagens em formato SVG, ou seja, imagens vetoriais, e também permite figuras 3D, além de melhorias de compatibilidade com lápis óticos, algo prático para dispositivos com tela touch. Foi adicionada uma nova capa para o zoom, algo bem vindo para as apresentações e transições mais suaves. Foram disponibilizadas as animações “Morph” e “Zoom” para dar mais movimento às apresentações.
Segurança -- Existe um novo sistema de codificação de mensagens (já presente no Office 365) denominado “Office Enterprise Protection”, as etiquetas de segurança e o ATP no Word, Excel, PowerPoint e OneDrive para negócios.
Mudança na tecnologia do instalador
A Microsoft não vai mais oferecer o instalador padrão “MSI” em alguns produtos, inclusive no Office 2019. A idéia da empresa é oferecer, principalmente, instaladores do tipo “C2R”, isto é, “Click to Run” (clique para rodar). Quando se instala um aplicativo no sistema MSI temos que esperar até que o produto todo esteja instalado antes de poder usar qualquer um dos aplicativos do pacote. A versão C2R dos instaladores é baseada na tecnologia de Streaming e de virtualização da Microsoft, e permite inicializar módulos do produto antes que o conjunto todo esteja instalado. A tecnologia Click-to-Run é a mesma usada para instalar os produtos por assinatura, como o Office 365, enquanto que a tecnologia MSI é usada principalmente para instalar os produtos que são vendidos em grandes lotes (“VL”, ou licença por volume).
Segundo informa a própria Microsoft, em tradução livre, eles dizem assim: “com o Office 2019, estamos movendo as versões do Office para o sistema C2R para reduzir custos e aumentar a segurança. Entre as vantagens do C2R estão a inclusão das atualizações de segurança lançadas mensalmente, a instalação de aplicativos sempre atualizados, menor consumo dos recursos de rede, devido à tecnologia de otimização de downloads do Windows 10, e também por facilitar a atualização para o Office 365 ProPlus”.
Em outras palavras, o sistema é bom para a Microsoft, mas será que é bom para nós, usuários e técnicos? Só o tempo vai poder dizer. Mas, em minha opinião, a Microsoft está lenta, porém continuamente movendo seu modelo de negócios para o sistema de assinatura, ao mesmo tempo em que vai dificultando e tornando desinteressantes a venda de licenças ditas “perpétuas” de seus aplicativos.
Quando se usa o sistema C2R, o Office 2019 vai ser instalado automaticamente usando locais e configurações padronizadas. Uma vez iniciado o processo, ele irá até o final. O instalador não vai perguntar coisa alguma. Outra coisa: o instalador do Office 2019 não permite fazer o upgrade da versão 2016 para a 2019. O Office 2019 será instalado separadamente de versões do Office 2016 ou do Office 365 que porventura já estiverem na máquina. No entanto, depois que instalação do Office 2019 estiver completada, ele não vai rodar junto com o Office 2016 ou o Office 365. Será preciso optar por um deles. Assim, se você deseja instalar e trabalhar com o Office 2019, recomenda-se desinstalar qualquer versão anterior do Office, incluindo o Office 365.
Conclusão
Sem dúvida, o Office 2019 é uma evolução da versão 2016. No entanto, quem usa o Office 365 não vai perceber muita diferença. Conforme já disse, está cada mais clara e iminente a intenção da Microsoft de parar de vender softwares e passar a cobrar pelo seu uso, isto é, vai começar a alugar software. Se você gosta dos produtos Microsoft, prepare-se para ter mais uma conta para pagar, ao lado das contas de luz, água, condomínio, internet e celular.
Felizmente, caso a empresa realmente deixe o consumidor sem outra alternativa que não seja essa, de assumir uma despesa fixa, existem outros programas, outros pacotes que, na minha opinião, são tão bons quanto os que fazem parte do Office, com destaque especial para o OpenOffice, que é gratuito mas que, atualmente, é gerenciado pela Sun Microsystems, e o LIbreOffice, que é uma derivação do OpenOffice que foi criada quando a Oracle adquiriu da Sun Microsystems o controle do OpenOffice. Ambos são absolutamente gratuitos e permitem fazer quase tudo o que fazem os programas do Office. E, claro, tem a pirataria, que até o momento sempre deu um jeito de permitir o uso dos produtos Microsoft sem pagar um único centavo para a companhia. A modalidade de assinatura vai aumentar bastante a dificuldade deste uso, digamos, “alternativo”, mas acho que vai ser mais ou menos como é hoje com a TV por assinatura e as contas de água e de luz. Alguns usuários pagam por estes serviços, enquanto que muitos recorrem a “gatos” e “gambiaras” para usufruir gratuitamente dos mesmos bens.
Publicado em 23/10/2018 às 00:00 hs
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NOSSOS LEITORES JÁ FIZERAM 2 COMENTÁRIOS sobre este artigo:
De: imcampos (em 21/11/2018 às 13:02 hs) Objetivo do instalador C2R não é diminuir o tempo O Office 2016 versões posteriores não vai possuir mais os instaladores MSI, só o C2R
A idéia da Microsoft é disponibilizar os aplicativos antes mesmo de terminar a instalação, e isto realmente acontece, depois de um certo ponto da instalação eles já ficam disponíveis no men Iniciar.
Mas não é preciso utilizar comandos CMD, tudo é feito no modo gráfico.
Não ficou claro qual foi a dificuldade de u189759, porque a instalação é muito simples: basta executar o comando SETUP e aguardar, tudo é feito automaticamente.
Em termos de tempo, não percebemos grandes diferenças entre instalar em modo MSI ou C2R, o que lamentamos é que não podemos mais configurar as opções, tudo é feito do jeito que a MIcrosoft deseja.
De: u189759 (em 20/11/2018 às 15:30 hs) Implantando Office. Eu realmente acho que o padrão de instalação C2R não beneficia, coloquei instalar em uma máquina, ficou afirmando que o pacote estava instalando em segundo plano, demorando muito tempo. E não apareceu uma opção para iniciar os aplicativos antes de finalizar.
a instalação teve de ser feita com aqueles comandos pelo cmd (setup /download configuration.xml para baixar e setup /configure configuration.xml para instalar)
Teve algum outro modo mais fácil de instalação ou que um usuário comum possa instalar? Já que não possui mais o instalador MSI creio que deva ter uma forma mais fácil, porém não localizei.
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