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Cabos HDMI - será que a marca importa? O que é importante verificar?

Para a grande maioria dos proprietários de TVs de alta resolução (HDTV) um cabo de R$ 40 vai proporcionar a mesma performance de um cabo de R$ 400. Ao menos, esta é a conclusão de um estudo feito pela renomada revista PC Magazine americana, do qual reproduzimos algumas partes com nossos comentários:

Você provavelmente já saberá do que estamos falando: você vai numa loja e fica namorando as belas televisões de tela plana e alta resolução. Se encanta por um modelo e resolve adquiri-lo, e enquanto está sendo atendido o vendedor pergunta sobre o cabo HDMI. Será que você já tem? Ele então se oferece para incluir o cabo na sua compra, para que você possa assim pagar junto no mesmo parcelamento, afinal, é um item caro. Um cabo de marca renomada pode custar R$ 200, 300 ou até mesmo uns R$ 400. Por este preço, daria para levar outra coisa ao invés de um cabo, talvez um reprodutor Blu-ray ou vários discos Blu-ray originais. Mas o vendedor afirma que o cabo é absolutamente necessário, e que precisam ser de boa qualidade para que a TV funcione em sua plena capacidade. Será que é mesmo assim? Provavelmente não, de acordo com este estudo.

Na verdade, para a maioria das HDTVs, não fará muita diferença entre um cabo bem feito que custa R$ 30 e um de marca famosa que custe, digamos, R$ 300. A PC Magazine americana divulgou, em seu site, o teste que fez com diversos tipos de cabo, indo de US$ 5 a mais de US$ 100 (nos EUA), submetendo-os a testes rigorosos para determinar se notariam alguma diferença na qualidade da imagem. Mas, para entender um pouco destes testes, é preciso compreender alguns fundamentos da tecnologia HDMI, usada nos cabos que conectam as TVs digitais.

O básico do HDMI



A primeira coisa a ser lembrada é que o HDMI é um padrão de comunicação de dados no formato digital. Isto é importante de salientar pois, ao contrário dos sinais de vídeo analógicos (component video, composite video, S-video e cabos coaxiais) os sinais HDMI não se degradam durante a transmissão, o que pode causar imagens borradas, com fantasmas ou falta de cor. Para os sinais digitais de vídeo, havendo dados suficientes para que o receptor monte a imagem, ela aparecerá e será perfeita. Se ocorrerem falhas e gargalos durante a transmissão, o que vai acontecer é que a imagem vai congelar ou desaparecer por alguns segundos, mas no geral a imagem transmitida em HDMI vai aparecer sempre que o seu sinal atingir o receptor. Assim, a informação divulgada na propaganda de certos fabricantes de cabos, de que seus cabos vão aumentar a qualidade do áudio ou do vídeo, não faz qualquer sentido no mundo digital. Seria como dizer que você terá mais qualidade de vídeo no seu notebook se você adquirir melhores cabos de rede. Olhando pelo ponto de vista técnico, isto não faz qualquer sentido. Mas isto não significa que todos os cabos HDMI são iguais. Os cabos HDMI devem atender a diversas especificações técnicas, dependendo da banda de largura de passagem de banda de sinal (“bandwidth”) e da capacidade de transpor dados.

O padrão atual para cabos HDMI é a versão 1.4a, que especifica que todos os cabos devem suportar vídeo 3D e resolução de 4 megapixels (aproximadamente 2000 por 4000 pixels), que é aproximadamente quatro vezes o detalhamento das telas atuais de 1080p usadas nas HDTVs. Além disto, os cabos versão 1.4a devem ter capacidade de transmitir dados no padrão Ethernet (o mesmo das redes locais) e fornecer canais de retorno de áudio. Cada um destes recursos requer mais banda de passagem de sinal, e os cabos HDMI mais antigos (padrão 1.3b ou anterior) não serão capazes de carregar tanta informação. Para a maioria dos usuários, as TVs serão o recursos mais avançado que usarão eventualmente, visto que as redes Ethernet mescladas ao sinal HDMI serão mais usadas mesmo é para fazer redes, ao invés de ficar conectando TVs à redes Ethernet ou Wi-Fi. Os canais de retorno de áudio são úteis apenas em certas situações, e apenas com sistemas de som especiais, sendo que o mesmo efeito pode ser conseguido ligando-se cabos de áudio convencionais ao sistema. E nem nos EUA existem TVS ou monitores a preço acessível capazes de rodar resoluções de 4 megapixels. Aos preços atuais, uma TV destas custaria algo como US$ 75.000 nos EUA, e aí vem a pergunta óbvia: sendo assim, para que adquirir um cabo que ofereça estes recursos todos, se eles não serão usados no meu caso? Se não haverá melhoria no sinal, vou então ficar com o cabo mais barato mesmo...

Há casos em que cabos em que os cabos de melhor qualidade são necessários para manter a qualidade do sinal e certificar-nos de que sinal chegue efetivamente no receptor. Esta é a situação quando, por exemplo, um cabo HDMI vai precisar ter mais do que 3 metros de comprimento, mas não ocorre com o comprimento mais comum que é de 1,80 metro. À medida que cresce a distância entre o gerador de sinais (computador, reprodutor de DVDs, etc) e a HDTV devemos começar anos preocupar com qualidade do sinal, pois eles podem receber muita interferência magnética, tanta que o sinal chegue deteriorado ao destino. Tanto é assim que, para distâncias a partir de 10 metros, o padrão HDMI recomenda que se use um amplificador de sinais ou considerar uma solução alternativa, como um conversor de HDMI em cabos de rede Ethernet. Quando se chega próximo do comprimento máximo, o melhor isolamento magnético e a melhor construção dos cabos mais caros podem, teoricamente, melhor a estabilidade do sinal. Entretanto, se houver um espaço superior a 10 metros entre o reprodutor que está gerando os sinais e a HDTV, é melhor estudar um outro arranjo para o mobiliário ou então usar uma tecnologia específica para grandes distâncias.

A segunda coisa importante a saber a respeito dos cabos HDMi é que eles custam mais caros quando se compra nas lojas físicas que vendem as TVs. Se você comprar o cabo pela internet, num supermercado ou direto numa loja de componentes eletrônicos ou de informática o preço será menor, pode ser até metade do preço do que numa loja de departamentos onde as pessoas costumam comprar suas TVs.

Se você for como a grande maioria dos usuários de HDTV e usa um conjunto que não é o estado da arte em alta definição, não existe motivo algum para gastar mais do que cerca de R$ 50 num cabo HDMI, menos ainda para comprar os cabos sofisticados que podem chegar a até R$ 400. Segundo os testes internacionais que foram feitos e que temos acompanhado, qualquer possível benefício que poderia resultar do uso de um cabo caro que usa alta engenharia e materiais nobres simplesmente não vai aparecer nos conjuntos de home theater vendidos aqui no Brasil no momento. Se você estiver usando um projeto com resolução de 4K ou se tem mais de 8 metros entre seu reprodutor de Blu-ray e a HDTV, ou se quer se mostrar para os amigos o quanto pode gastar num conjunto topo de linha, aí então a conversa é outra, o preço não vai chegar a ser um problema. Mas, se tudo o que você deseja é conectar seu reprodutor Blu-ray player, TV a cabo ou videogame na sua TV de alta resolução, deixe de lado as lojas altamente especializadas em vídeo e as marcas de cabo famosas e procure um cabo econômico na internet ou em uma loja mais modesta. Com o dinheiro que economizar no cabo, você poderá então comprar mais algum aparelho eletrônico ou uma pilha de DVDs ou discos Blu-ray novinhos em folha.

Publicado em 27/05/2011 às 00:00 hs


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