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Ubuntu 18.04 LTS, novos recursos, mudanças e processo de upgrade

Por Iberê M. Campos e e equipe

Veja nosso boletim informativo sobre este artigo e nosso Ubuntu em DVD e pendrive.
Este boletim também pode ser visto no vídeo feito por Iberê M. Campos (12min), editor da Revista PnP, com uma verdadeira aula sobre o Linux!

A versão 18.04 LTS do Ubuntu Linux trouxe, como de costume, novos recursos e mais opções. Esta é uma versão do tipo LTS, ou seja, “Long Term Support” ou “Suporte de Longo Prazo”. Esta sigla surgiu pelo fato do Ubuntu Linux ser atualizado regularmente a cada 6 meses, quando recebe as versões mais recentes dos softwares que estiverem disponíveis no momento. Contudo, somente as versões LTS, que saem a cada 24 meses, é que recebem suporte e atualização gratuita por 5 anos. As demais versões (aquelas que não são LTS) recebem suporte durante 3 anos e são indicadas para os entusiastas e testadores, aqueles que desejam ter sempre o mais atual em suas máquinas e não necessariamente o que for mais seguro e estável. Por isso, sempre que sai uma versão LTS significa que é é tempo de nos mexer e atualizar os computadores, para manter os sistemas em ordem, visto que o Ubuntu já conseguiu seu lugar ao sol e hoje é parte importante da infraestrutura de TI de várias empresas e, principalmente, de ONGs e outras organizações de objetivo social.


ATENÇÃO: A Thecnica Sistemas oferece o Ubuntu Linux LTS pronto para usar, tanto em DVD quanto em pendrive. A versão em DVD traz apenas o Ubuntu LTS, em versão “Live”, sendo indicado apenas para micros que possuam leitor de DVD. Para os demais micros, a versão em pendrive é mais prática e traz, além do Ubuntu LTS, também o Xubuntu, Lubuntu e Kubuntu. Alguma delas vai rodar bem no micro que você tiver.

Como acontece em todas as versões de Ubuntu, a versão 18.04 também recebeu o codinome de um animal. No caso, o apelido é Bionic Beaver, que poderíamos traduzir para “Castor Biônico”. A versão foi lançada em 26 de abril de 2018, rigorosamente dentro do planejado. Apesar da melhor segurança e mais drivers de dispositivo, esta versão não é revolucionária, mas sim evolucionária. Isto é perfeitamente aceitável, visto que o Ubuntu, em si, já é um produto maduro e que, portanto, só pode ir recebendo melhoramentos ao invés de mudanças bruscas de direção. A alteração mais perceptível é o papel de parede padrão, mas existem outros fatores dignos de nota, listados a seguir:

1 - GNOME 3.28 - Já se saber que a interface Unity não é mais o ambiente gráfico padrão do Ubuntu, desde que uma versão customizada do GNOME version foi introduzida no Ubuntu 17.10. A versão 18.04 mantém o mesmo visual, mas ganhou recursos da versão 3.28 do Gnome, que era a mais recente na ocasião.

2 - Velocidade de carregamento - A Canonical, empresa que desenvolve o Ubuntu, preocupou-se em acelerar o tempo de carregamento do sistema. Os recursos sendo carregados são monitorados continuamente, para identificar os gargalos e tentar acelerar o processo para deixar o ambiente funcional o quanto antes.

3 - Nova opção de Instalação Mínima - Quando se inicia a instalação, aparece uma nova opção de Instalação Mínima. Trata-se de uma instalação normal de Ubuntu, só que despida da maioria dos aplicativos que normalmente seriam instalados. Na instalação mínima, será colocado apenas um browser e alguns poucos utilitários, deixando o restante por conta do usuário que poderá, assim, personalizar o sistema sem usar preciosos recursos de espaço em disco e de tempo de processamento no carregamento do sistema e na operação em geral. Esta será, sem dúvida, a opção predileta de quem deseja o máximo de performance e um mínimo de bloatware, aqueles aplicativos a mais que costumam vir instalados em todo computador novo e em toda instalação padrão de sistema operacional.

4 - Facilitado o uso de PPAs - A sigla significa Personal Package Archives (Arquivos de Pacote Personalizados) e é um recurso que possibilita que os usuários fazem upload de pacotes de código-fonte de aplicativos Ubuntu para serem compilados e oferecidos no repositório de aplicativos da Canonical. Normalmente, a instalação de aplicativos através de PPA requeria pelo menos três linhas de comando: a primeira para adicionar o novo repositório de aplicativos, depois para atualizar o sistema para que este tome conhecimento do novo repositório e o terceiro comando é que vai instalar o aplicativo. O Ubuntu 18.04 remove esta necessidade, agora se adicionarmos um novo repositório (com o comando add-apt-repository) será rodado o comando apt-get update automaticamente. Não será mais necessário rodar este comando manualmente. Claro que este é um recurso mais usado pelos programadores, mas a facilidade em adicionar aplicativos ao repositório tende a aumentar ainda mais a quantidade de programas para todos os fins que já existem nos repositórios de aplicativos do Ubuntu.

5 - Linux Kernel 4.15 - A versão 18.04 adota o mais ovo Kernel (núcleo) Linux disponível no momento, o que significa que mais e mais dispositivos de hardware (em especial os mais atuais) serão compatíveis, uma vez que os drivers principais do Linux ficam embutidos no Kernel. 6 - Mecanismo padrão de vídeo voltou a ser o Xorg - O Ubuntu 17.10 havia mudado o mecanismo padrão para o Wayland, mas isto aparentemente se mostrou contra produtivo, pois um número considerável de aplicativos não funcionavam com o Wayland. Isto forçou que vários usuários fizerem a mudança para o ?Xorg por conta própria. Parece que a Canonical aprendeu a lição e agora retornou para o Xorg como o mecanismo padrão de vídeo. O Wayland ainda ficará disponível como opcional e os usuários que assim o desejarem poderão alterar.

7 - Mudanças no gerenciador de arquivos Nautilus - Ele sofreu mudanças na interface, para deixá-lo mais funcionou e agradável aos olhos. O painel esquerdo agora é escuro e os ícons são colocados separadamente na coluna mais a esquerda.

8 - Mudanças na tela de Boas-Vindas e páginas de ajuda melhoradas - Parece que esta é a primeira vez em sua história que o Ubuntu terá uma tela de boas-vindas. Na realidade, trata-se de uma versão personalizada da tela de boas-vindas do GNOME. Esta tela de boas-vindas fornece uma indicação rápida de onde as coisas estão, para facilitar a vida dos usuários iniciantes. As páginas de ajuda foram melhoradas e agora mostram como fazer coisas básicas no desktop GNOME.

9 - Ubuntu coletará dados de uso do sistema - Mas é possível parar. O Ubuntu já foi criticado por incluir o aplicativo da Amazon para fazer buscas online. Mas isto não impediu que a Canonical adotasse outra tática controversa, porque o Ubuntu 18.04 vai coletar alguns dados de uso do sistema, a não ser que você peça para que isto não aconteça. Entre outras informações, o Ubuntu 18.04 vai coletar coisas como conectividade de rede, características do hardware, seu país, como costuma fazer login, se usa softwares de terceiros, relatórios de erro e aplicativos mais usados. Segundo a empresa, as estatísticas dos dados coletados ficarão á disposição do publico.

10 - Novo instalador para a versão SERVER - Até agora, o Ubuntu vinha usando o instalador baseado em texto do Debian para instalar a versão Server. A partir da versão 18.04 será usado o novo instalador chamado Subiquity.

11 - Suporte nativo para Emojis coloridos - O sistema vai fornecer suporte nativo, ao contrário das versões anteriores que só usavam emojis monocromáticos por padrão de fábrica, sendo que o usuário precisaria instalar suporte adicional para usar emojis coloridos. O Ubuntu vai usar os mesmos Emojis open source do Android.

12 - Atualização ao vivo do Kernel - Os servidores Linux podem ter o núcleo (kernel) atualizado sem necessidade de reinicializar o sistema. Isto proporciona maior tempo de operação aos servidores, sem paradas de manutenção. Nas versões desktop esta versatilidade também está presente, mas o Ubuntu 18.04 tornou ainda mais fácil. A nova opção Live Patching pode ser encontrada na seção Software e Updates. É preciso ter uma conta com a Ubuntu One para usar este recurso, e não é permitido fazer o Live Patching em mais do que três dispositivos com a mesma conta no Ubuntu One.

13 - Final da versão 32 bits - O Ubuntu não terá mais versões de 32 bits, apenas a de 64 bits está disponível para download. Contudo, os computadores mais antigos continuam sendo atendidos com outros “sabores” de Ubuntu, como o Lubuntu (mais simples e destinado a computadores mais fracos) e o Kubuntu (com interface gráfica KDE ao invés do Gnome padrão).

Os diversos sabores do Ubuntu Linux e suas finalidades

Como todo sistema operacional, o Ubuntu tem um núcleo básico e os programas complementares, que são escolhidos em função de determinada finalidade e que vão formando, assim, as diversas versões. É a mesma coisa que acontece com o Windows, que além da versão numérica (Windows 7, 8, 10, etc.) ainda tem as várias edições (Professional, Starter, Server, etc.). Além das diversas versões montadas pela própria Canonical, produtora do Ubuntu, ainda existem várias outras edições feitas por outras empresas. No caso do Ubuntu os diversos sabores são estes:
  • Ubuntu Server - Funciona sem interface gráfica, que pode ser instalada opcionalmente. É um verdadeiro cavalo de batalha, mesmo usando hardware antigo fornece excelente soluções empresariais para Cloud, servidor de sites, servidor de email, firewall e várias outras funcionalidades. Concorrente direto e absolutamente gratuito das soluções SERVER da Microsoft.
  • Ubuntu Desktop - Agora disponível apenas em 64 bits, é o concorrente direto do Windows para desktop. Na instalação padrão já vem com tudo o que usa um pequeno escritório, com suíte de escritório (LibreOffice), navegação de internet e tudo o mais.
  • Kubuntu - Variação do Ubuntu Desktop, usando o ambiente gráfica KDE Plasma no lugar do Gnome padrão. É um sistema bonito e funcional para uso doméstico e corporativo.
  • Lubuntu - Versão mais leve, rápida e moderna do ubuntu, usando ambiente gráfico LXQt. Roda muito bem em micros antigos e é um grande candidato para substituir o Windows XP e as versões anteriores.
  • Xubuntu - Sistema operacional completo, elegante e fácil de usar. Vem com a interface Xfce, que é estável, leve e altamente configurável.
  • Ubuntu Studio - Sistema de criação multimídia, com diversos programas para áudio, vídeo e fotografias, tanto para o entusiasta quanto para os profissionais.
Existem outras variações, que podem ser vistas na página de derivações do Ubuntu Linux.

Upgrade de versões anteriores para o Ubuntu 18.04 LTS

Quem já está usando alguma versão de Ubuntu poderá, eventualmente, fazer o upgrade para Ubuntu 18.04 sem ter que reinstalar tudo do zero. O processo de upgrade é automático e tudo o que temos que fazer é seguir as instruções na tela, mas é preciso ter uma boa conexão de internet para baixar aproximadamente 2 Gigabytes de dados por computador atualizado. Os mesmos procedimentos e restrições se aplicam aos demais sabores de Ubuntu, como Xubuntu, Kubuntu, Lubuntu e outros, inclusive na versão Server. As opçõpes de upgrade são as seguintes:
  • Upgrade de Ubuntu 14.04 LTS para Ubuntu 18.04 LTS - Não é possível fazer diretamente. É preciso atualizar da 14.04 para a 16.04 e depois para a 18.04. No entanto, como a versão 16.04 ainda é suportada pela Canonical, talvez possamos continuar com ela por mais algum tempo.
  • Upgrade de 16.04 para 18.04 - Como a versão 16.04 também é do tipo LTS, os usuários serão notificados da disponibilidade da versão 18.04 e poderão fazer a atualização on-line, com a já citada restrição de que será preciso baixar 2 Gb de dados pela internet.
  • Upgrade para 18.04 a partir das versões 15.10, 16.10 e 17.04 - Estas versões não deveriam mais estar em uso, porque já atingiram o final de seu período de suporte, com imsto elas não recebem mais sequer as atualizações de segurança. Quem está usando Ubuntu 17.04 deve atualizar para 17.10 e depois para a 18.04. Pessoalmente, não recomendo estas atualizações em dobro. Talvez seja melhor tirar uma cópia dos dados, fazer uma instalação limpa do Ubuntu 18.04 e depois retornar os dados. Aliás, quem está usando Ubuntu versões 15.10, 16.10 oou mais antigas (exceto 14.04 e 16.04) vai tewr muito trabalho para atualizar para a 18.04, porque a versão imediatamente superior também já atingiu o final do tempo de suporte. Isto significa que o usuário precisará mudar manualmente os repositórios para conseguir fazer a atualização. A maioria de nós não vai conseguir fazer isto corretamente, por isso é que eu recomendo fazer uma instalação nova do Ubuntu 18.04 nestes casos.
  • Upgrade do Ubuntu 17.10 para Ubuntu 18.04 LTs - Será apresentada a opção de upgrade automático para o Ubuntu 18.04.

Conclusão

O Ubuntu Linux já faz parte da vida de muitas empresas e, principalmente, de organizações não governamentais (ONGs) que prezam pela infraestrutura de TI com software livre e gratuito. Os técnicos de informática também já se acostumaram (ou deveriam ter se acostumado) a usar o Ubuntu (e suas variações) nas tarefas diárias de teste e modificação de PCs. O Ubuntu mostrou-se ser uma ótima opção ao Windows e também ao MacOS, com sistemas robustos, seguros e rápidos. Por isto, sempre que sai uma versão LTS devemos comemorar que a Canonical continua mantendo a palavra de oferecer sistemas poderosos e seguros, não obstante o fato de serem produtos absolutamente gratuitos. Ainda bem que ainda existe gente boa neste mundo.

Publicado em 29/09/2018 às 07:52 hs


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